terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Advogado peticiona dizendo que "Os mais graves erros judiciários são cometidos por mulheres juízas!"

Pense em uma confusão homérica, acontecida em novembro passado, mas só agora tornada pública pelo site Justificando, entre um advogado e uma magistrada em uma ação que tramita no Fórum Cívil da Comarca de São Paulo.
Tudo teve início quando o advogado Marcos David Figueireido de Oliveira ajuizou uma ação cautelar de separação de corpos de um casal, no qual ele pedia, em nome do pai da criança, a guarda do filho e o afastamento da mãe da residência.
A magistrada do caso, Eliane da Camara Leite Ferreira, afirmou que durante a audiência o Dr. Marcos teria gritado com a Promotora de Justiça, Drª Ana Paula Freitas Villela Leite, fazendo-o nos seguintes termos:

Após o fato,  o advogado ingressou com um pedido de exceção de suspeição visando afastar a juíza, e, nesta petição, não poupou palavras para manifestar sua irresignação, como vocês podem ver nos trechos da petição dele logo abaixo:
                                                                                       (...)
                                                                                       (...)
A petição inteira vocês podem obter clicando AQUI.
Eu não sei em que pé está este processo agora, mas certamente vai pegar fogo para todos os lados. Todo advogado deve defender seus clientes com denodo, isso é pacífico, mas é preciso ponderar muito bem o que vai se falar. Dizer que a magistrada julga mal por entrar de TPM é, convenhamos, um PÉSSIMO argumento para se embasar uma suspeição. Aliás, data vênia, toda a linha argumentativa é péssima.
As ofensas não atingem só a magistrada, mas todas as mulheres.
Por mais indignação e raiva que um profissional da área jurídica possa ter de outro, é preciso ponderar muito bem sobre o que se vai afirmar, em especial projetar futuras consequências das palavras, pois é preciso saber de antemão se elas, as consequências, são suportáveis. 
Fonte: Blog Exame de Ordem

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